A portaria publicada pelo Governo Federal com os recursos para ajudar os estados e municípios a pagar o Piso da Enfermagem tem causado insatisfação aos prefeitos e foi assunto recorrente nas conversas entre mandatários e assessores na 11ª edição do Seminário de Gestores Públicos - Prefeitos, na última terça-feira, 06/06.
O presidente da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), Júnior Castro (sem partido), prefeito de Chorozinho, informou que irá acionar o Ministério da Saúde para que os recursos previstos pela União para amortizar o impacto do piso da enfermagem sejam revistos. Os valores dos repasses vão de R$ 10 milhões para Fortaleza até R$ 2,9 mil para Granjeiro.
A reportagem do Diário do Nordeste, o prefeito de Itarema, Elizeu Monteiro disse que vai ter que sacrificar o município para pagar o Piso da Enfermagem. “É lei, temos que cumprir, temos também que valorizar a nossa enfermagem. Eu mesmo já encaminhei o projeto de lei para a Câmara, a gente vai dar o piso lá, vamos sacrificar o município.", disse Elizeu.
"Vai ter uma diferença lá, um aumento entre 60% a 70% da nossa folha em relação a enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermeiro, mas vamos ter que fazer um esforço e vamos ter que cumprir, realmente valorizar a nossa classe de enfermagem.”, completou ele.
Mas profissionais da área dizem que tem prefeito reclamando mesmo de com o município arrecadando muito. Itarema por exemplo, onde Elizeu disse que iria sacrificar o município para pagar o Piso da Enfermagem, dados do Tribunal de Contas do Estado - TCE, dos últimos três anos, mostra que em 2022 o município teve superávit de R$ 11.522.907,01. Em 2021, superávit de R$ 16.019.790,50, e em 2020 R$ 22.198.340,35.
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