Diferentemente do que dizia um decreto assinado em 1863 pelo então presidente da Província do Ceará, José Bento da Cunha Figueiredo, os indígenas cearenses nunca estiveram extintos. Pelo contrário, eles existem em maior quantidade do que se sabia até pouco tempo atrás.
Publicado com dois anos de atraso pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Censo Demográfico 2022 mostrou que essa população cresceu em 123 das 184 cidades cearenses — ou quase 67% dos municípios do Estado —, em comparação aos resultados do Censo Demográfico de 2010.
O maior destaque em todo o Ceará é o município de Caucaia, onde a população indígena aumentou mais de 6x em relação ao último censo.
As cinco cidades com mais indígenas no Ceará continuam as mesmas de 2010, mas a ordem mudou. Se antes Fortaleza aparecia em 1º lugar, pelo Censo 2022 a Capital desceu para o 4º, ficando atrás de Caucaia, Itarema e Maracanaú: 1 - Caucaia (2010: 2.706 / 2022: 17.628 Diferença: 14.922); 2 - Itarema (2010: 2.258 / 2022: 5.115 Diferença: 2.857); 3 - Maracanaú (2010: 2.200 / 2022: 5.111 Diferença: 2.911); 4 - Fortaleza (2010: 3.071 / 2022: 4.948 Diferença: 1.877); e 5 - Monsenhor Tabosa (2010: 1934 / 2022: 4861 Diferença: 2.927).
Em Acaraú, a população indígena em 2010 era de 193, já no censo de 2022 foi para 657, uma diferença de 464. Em Cruz a população em 2010 era de 3, em 2022 foram 28, diferença de 25. Em Bela Cruz os indígenas em 2010 eram 10, passando para 29 em 2022, diferença de 19. Em Marco a população indígena em 2010 eram 12, subindo em 2022 para 14, uma diferença de 2. Em Morrinhos a população indígena em 2010 era 7, em 2022 foram 78, uma diferença de 71. em Jijoca de Jericoacoara eram 14 indígenas em 2010 e 21 em 2022, diferença de 7.
Diário do Nordeste
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