Seis chefs, 18 pratos, três dias e muito camarão. Com essa receita de sucesso, o Festival Internacional do Camarão da Costa Negra chega à sua quinta edição em novembro, com programação diversificada
Em vez de horta e pomar, a fazenda tem tanques de água, repletos de camarão. Batizada Cacimbas e localizada no município de Acaraú, há cinco anos é cenário de um dos maiores eventos gastronômicos do Ceará, o Festival Internacional do Camarão da Costa Negra.
Em 2013, não poderia ser diferente. Mais uma vez, a Cacimbas abre suas portas para receber chefs, workshops, palestras, seminários, shows musicais e, claro, o concurso que é a atração principal do evento, marcado pra os dias 14, 15 e 16 de novembro.
A cada noite, seis chefs participantes apresentam um prato diferente. Todas as 18 criações são submetidas a um júri que elege o melhor do dia. Ao final, somadas as pontuações, são eleitos o terceiro, o segundo e o primeiro lugar – esse último leva o troféu Camarão de Ouro.
Embora a criação seja livre, os chefs devem primar pelo uso de alimentos regionais e, se possível, preparações típicas do receituário cearense, uma das tônicas do festival.
Segundo a coordenadora do evento, Maslova mesquita, o objetivo é valorizar a riqueza da cozinha do Estado e do Nordeste. Em 2012, o vencedor foi Luciano Ferreira, chef do Oásis Atlântico. Na ocasião, ele serviu no último dia da competição camarão com angu de milho verde e beiju de macaxeira.
Como parte da premiação, Luciano comanda neste ano o restaurante principal do festival, responsável por servir refeições durante toda a programação. “É uma oportunidade única, o prêmio proporciona impulso na carreira e na auto estima do chef. O profissional se sente valorizado”, comemora Luciano.
Para esta edição, foram selecionados os chefs José Jorlândio (restaurante Frederico), Dedé (Kazume), Cícero Disny (Brasil Tropical), Claudio Aguirre (Sabor das Gerais), Nice Silva (Nogueira Gourmet) e Tâmara Régis (La Chef), de Fortaleza e Acaraú. A escolha é baseada em indicações de profissionais da área e sugestões do proprietário da Cacimbas, Livino Sales. Nos dois primeiros dias, a mesa conta com alguns convidados que podem não ser do ramo gastronômico (escolhidos entre convidados do evento); no último, é composta exclusivamente por profissionais de cozinha. Logo, a avaliação é mais rigorosa.
A partir das 17 horas iniciam-se os workshops com chefs convidados. À noite, é a vez da competição.
Após serem apresentados e pontuados pelo júri, os pratos são vendidos ao público, na praça de alimentação montada na fazenda.
Os pratos criados por eles foram apresentados à imprensa na última semana. José Jorlândio, por exemplo, criou o Camarão Terra do Sol (camarões empanados no coco com molho de tangerina, em volta de risoto mediterrâneo, com castanha de caju, coco, azeitona, uvas passas, queijo coalho, manjericão e alho); o Encontro de Sabores (camarão flambado em volta de mil folhas de mandioquinha gratinado com queijo de cabra, com molho de destilado francês); e o Camarão Costa Negra (camarões grelhados com Curaçao Blue, acompanhado de massa de feijão de corda e crosta de pão e arroz negro).
Criações
Já Cícero Disny elaborou o Camarão BR Tropical (purê de macaxeira com camarão, casquinha de queijo e molho de cajá); o Camarão Nordestino (camarões sobre baião de dois com pimentões, queijo e nata); e o Camaraju (camarões levemente cozidos no vapor com arroz com caju, castanha torrada e pimenta dedo de moça).
A chef Nice Silva apostou no Camarão crocante (empanado com coco, com risoto de tomate); no Sabor de infância (camarões sobre broa de milho com ceviche de caju); e n Camarão Manjo (camarões sobre espaguete ao molho de manga e couve mineira).
Tâmara Régis, por sua vez, criou o Ei Macho! (camarão flambado com rondelli de espinafre, queijo coalho, molho de tamarindo e flor de sal); o Cajueiro (barquinho de massa folhada com caju, camarão, champignon e molho de maracujá, acompanhado de camarões flambados e castanha); e o Terra Nostra (nhoque de macaxeira com coulis de tomate e sálvia e camarões fervidos rapidamente).
Marco Aguirre apresentou seu Las Tapioqueras (canelone de tapioca com verduras, camarão, creme defumado à base de óleo de gergelim e crocante de caju); o Camarão Tropeiro (salteado, com tutu de feijão verde e polvo, torresmo, couve salteada no alho, pimenta biquinho e azeite de manjericão); e o Romesco de camarão (refogado de camarão, castanha de caju, alho tomate, cebola, pão e páprica defumada com e purê de batata doce e chip de banana da terra).
Japonês
Por fim, Dedé seguiu a linha do Kazumi e foi de culinária oriental. Preparou o Camarão Nirá (camarão e nirá envolvidos por salmão, rapadura de caju, coco, tabasco, tarê, gergelim e azeite); o Camarão Abacate (sushi de camarão empanado na farinha panko, cream cheese e abacate, com molho tarê e ova massago); e o Camarão Grill (tilápia envolvida em camarão grelhado no alho e óleo, com mel, tarê e castanha).
Serviço:
V Festival Internacional do
Camarão da Costa Negra
De 14 a 16 de novembro, na
Fazenda Cacimbas, Acaraú /Ceará
Com Informações do DN
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