sábado, 24 de setembro de 2022

“Tem muita manipulação”, declara Eduardo Girão sobre pesquisas eleitorais


Nesta quinta-feira, 22/9, o senador Eduardo Girão (Podemos) foi o convidado do “Destaque ANC”, do Portal A Notícia do Ceará. Na ocasião, foram abordados assuntos como o atual cenário político, as expectativas para as eleições deste ano e os bastidores do Senado.

Durante a entrevista, Girão comentou sobre a mais recente pesquisa do Ipec que mostrou uma virada de Elmano Freitas (PT) nas intenções de voto para o Governo do Estado. De acordo com o levantamento, pela primeira vez, Capitão Wagner (UB) aparece em segundo lugar perdendo a liderança para o candidato do Partido dos Trabalhadores.

Segundo os dados, Elmano aparece em primeiro lugar com 30% seguido por Capitão Wagner com 29%. Pela margem de erro os dois candidatos estão tecnicamente empatados. Roberto Cláudio (PDT) possui 22%.

Em sua fala, o senador lembrou que na véspera de sua eleição, em 2018, a então pesquisa eleitoral Ibope, atual Ipec, apontava Eunício Oliveira (MDB) com cerca de 20% de vantagem e sua reeleição era dada como certa, mas o candidato não foi eleito. “Se fosse por causa de pesquisa eu não estaria aqui conversando de política com você agora. Por que? Porque eu não teria sido eleito”, declarou.

Outro exemplo foi a eleição de 2020 em Fortaleza. No segundo turno, na véspera da votação, o Ibope divulgou pesquisa em que Sarto aparecia com 21 pontos a frente de Wagner, era 61% contra 29%, no entanto, Sarto foi eleito com apenas 3,39% de vantagem.

Para Girão, “há muita manipulação nas pesquisas e muito interesse em jogo” e, nesse sentido, o senador elaborou um Projeto de Lei para que pesquisas eleitorais não sejam divulgadas no período de 30 dias que antecede as eleições. “As pessoas podem fazer para o partido, mas que não se possa divulgar porque muita gente vai nessa onda, acredita nisso e acaba influenciando”, explicou.

Girão concluiu dizendo que os eleitores devem votar de acordo com os valores e propostas que acreditam ao invés de se deixarem levar por uma suposta maioria. “Se você se identifica com outro candidato, não deixe de votar. Vote com a sua consciência”, pontuou.

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