quinta-feira, 22 de março de 2018

Morte de ex-PM em Jeri pode ter gerado uma sequência de crimes de vingança e a prisão de cinco policiais


Em menos de três meses, sete pessoas foram mortas em Jijoca de Jericoacoara, onde está localizado um dos cartões-postais mais famosos do estado no Brasil e no exterior: a Praia de Jericoacoara. 

O tráfico de drogas ali é intenso e a recente morte de um ex-PM de São Paulo pode ser a “chave” que a Polícia terá daqui em diante para investigar o grupo de policiais presos nesta terça-feira suspeitos de matar Francisco Renan Portela de Araújo, 28, com 10 (dez) tiros de pistola. Renan era suspeito de tráficar de drogas.

O que teria motivado a ação dos policiais? Esta é a indagação feita pelas autoridades. Contudo, a suspeita mais forte é de que eles teriam saído de Fortaleza e ido àquela cidade com o objetivo de vingar a morte do ex-PM de São Paulo, Silver Max Cavalcante Lopes. 

O ex-militar, natural do Maranhão, havia deixado a farda e veio morar no Ceará, escolhendo a cidade de Jijoca de Jericoacoara como seu novo lar. Se estabeleceu como comerciante e instalou uma fábrica de gelo para abastecer os hotéis, pousada, bares, restaurantes e barracas de praia do Município. 

Contudo, no último dia 8, Silver foi executado a tiros na porta de sua fábrica de gelo, em Jijoca. Ele teria sido eliminado por ordem de traficantes já que não aceitava a presença destes em seu comércio. Outra linha de investigação – ainda em andamento – fala de um provável caso passional. Ele teria iniciado um caso amoroso com a ex-mulher de um traficante local e acabou morto.  

Após a morte do ex-PM, ao menos, três pessoas foram assassinadas em Jijoca de Jericoacoara. O primeiro crime ocorreu no dia 16, uma semana depois da morte do ex-PM. O corpo de um homem foi encontrado com marcas de violência. Era João Batista de Freitas, 44. 

No último domingo, 18/03, o vendedor Antônio Álvaro de Albuquerque, 22 anos, foi assassinado com vários tiros de pistola quando se encontrava numa barraca de praia em Jeri. 

E na tarde desta terça-feira, 20/03, Francisco Renan Portela de Araújo, 28, que foi executado a tiros pelo grupo de policiais, que foram presos em flagrante.

Fernando Ribeiro

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