terça-feira, 19 de abril de 2011

Crianças fora da escola pedem esmolas em Acaraú!







Por Jhônata Adams


O lugar vago na sala de aula anuncia uma realidade assustadora. Há dezenas de crianças que estão abandonando a escola para ocupar um espaço nas ruas do Acaraú. Presas fáceis do vício, a maioria enfrenta o rompimento do vínculo familiar e pode encontrar nas ruas o caminho das drogas, da prostituição e da marginalidade. São "meninos e meninas”. A cada dia, pelo menos um novo rosto infantil invade as ruas da cidade, em meio aos carros, portas de bancos (foto), lanchonetes, farmácias, super mercados e em outros estabelecimentos que sempre têm alguma criança pedindo esmola.

O dinheiro ganho informalmente serve para a família, que através da renda da criança, espera complementar o parco orçamento doméstico. Mas também serve para alimentar a dependência da cola de sapateiro, o tráfico de drogas, bebidas, cigarros etc. É um círculo vicioso que tem as ruas do Acaraú como pano de fundo.





Nas fotos, podemos observar duas crianças que estão quase diariamente nas portas de bancos no centro de Acaraú pedindo esmolas aos clientes que entram e saem.

Vários pontos da cidade de Acaraú estão servindo como dormitório para vários menores que além de mendigarem, vivem também agindo erradamente na cidade.






Deve-se dar esmola?

É o espírito de solidariedade humana que leva alguém a oferecer uma esmola. Entretanto, é importante que você pense nisso: este gesto de amor ao próximo pode estar contribuindo para que o problema aumente. Quem está nas ruas está mais próximo de organizações envolvidas com o tráfico de drogas ou da prostituição infantil. Quem dá esmola não pretende nada disto. Mas muitas vezes, por desconhecer os atendimentos que são ofertados, você acaba contribuindo para que a esmola se transforme em uma verdadeira indústria, atraindo crianças, jovens e adultos para as ruas, expondo essas crianças aos riscos da violência urbana.



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