quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Taxa de mortalidade infantil volta a crescer no Ceará, Aquiraz e Cruz são destaque na redução

Consolidar os avanços na atenção básica de recém-nascidos e gestantes teve efeitos práticos no Ceará, que reduziu a Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) de 13,2 óbitos por mil nascidos vivos, em 2017, para 12 mortes por mil nascidos vivos, em 2018. O índice, porém, voltou a crescer em 2019, saltando para 12,3 óbitos por mil nascidos vivos.

Já os números absolutos mostram redução nos óbitos: 1.494 no último ano contra 1.572 em 2018. A situação pode ser explicada pela redução, também, do número de nascidos vivos. Como a Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) consiste na relação entre o número de óbitos registrados antes do primeiro ano de vida sobre o número de nascidos vivos vezes mil habitantes, o valor tem impacto direto no percentual final.

Aracati é Município com menor TMI de 2019, apresentou redução considerável do indicador nos últimos três anos. A cidade foi de 12,1 óbitos por mil nascidos vivos, em 2017, para 9,5 em 2018. Em 2019, a TMI foi ainda menor, caindo para 1,1 mortes para cada mil crianças nascidas vivas.

Segundo a Secretaria da Saúde do Município, o foco na atenção primária é o fator responsável pela diminuição. Outro fator destacado é a integração das equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) com os demais serviços de atendimento às gestantes.

Outro munícipio que se destacou foi Cruz, município com segundo menor TMI em 2019, e que as ações de cuidado com a infecção urinária, maior causa de óbitos em gestantes no Município, foram importantes para melhorar o índice. O município garantiu ainda a oferta de exames laboratoriais, como sorologia para toxoplasmose, e urinocultura (exame laboratorial realizado com a urina)". Cruz saiu de 12,1 óbitos por mil nascidos vivos, em 2017, para 14,6 em 2018 e 2,2 no último ano.

Resultados

Os municípios que registraram os piores índices, em 2019, foram: Ererê (166,7); Ararendá (43,2); Mulungu (33,6); Aratuba (29,4) e Tururu (29,4). Já os melhores indicadores foram observados em Aracati (1,1); Cruz (2,2); Mombaça (2,2); Jardim (2,5); e Paraipaba (2,5). Para Tati Andrade, pediatra e especialista em saúde do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), os resultados poderiam ser melhores se fossem realizadas ações básicas de prevenção. "Existem mortes que são mais facilmente evitáveis, como as causadas por diarreia, por doenças que podem ser prevenidas com a vacinação", avalia a especialista.

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