A rede portuguesa Vila Galé pretende construir um resort na Praia do Preá, no município de Cruz, com cerca de 300 a 350 quartos em uma área de aproximadamente 100 mil metros quadrados (m²). "Nós já tivemos uma conversa com os proprietários do terreno e vamos confirmar a área. A conversa já está adiantada. Seria um resort com o padrão do que nós temos no Cumbuco. Ainda não temos a estimativa de investimento. Só depois dessa visita que eu terei uma expectativa disso", afirmou o presidente do Vila Galé, Jorge Rebelo de Almeida, que visitou a região nesta segunda, 21/05, juntamente com o secretário de Turismo do Estado, Arialdo Pinho. A Praia do Preá está distante 12,3 quilômetros de Jericoacoara.
De acordo com ele, não há, por enquanto, uma previsão para o início das obras, mas o empreendimento seria construído em até 18 meses. "Quando as coisas se resolvem rápido, por parte do Estado, nós andamos muito rápido. Então, não sei quando as obras vão começar. O nosso projeto de obra nós fazemos rápido", acrescentou. Segundo o executivo, as negociações para a construção do resort estão adiantadas. "Eu já tinha visitado o Preá e Jeri, mas desta vez vamos ver coisas muito concretas e decididas". Ele disse também que a primeira fase do empreendimento teria apenas o Vila Galé como investidor, mas adiantou que há interesse de outros investidores no resort.
Licenciamento
Jorge Rebelo também criticou duramente a burocracia da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), responsável pelos licenciamentos ambientais para a construção de empreendimentos no Ceará. "Nós já falamos com os proprietários, mas se a Semace atrapalhar, a gente vai para outro estado", enfatizou. "Eu diria que a Semace é uma força de bloqueio ao desenvolvimento do Estado. No Cumbuco, estamos com um projeto que não anda por conta da falta de agilidade da Semace. Estamos permanentemente com problemas", desabafou o presidente do Vila Galé.
Investimentos
O executivo confirmou que tem problemas para dar prosseguimento à expansão do resort da rede no Cumbuco. "Tenho dois investidores interessados em ter um projeto no Cumbuco, mas nós sabemos que existe essa dificuldade com a Semace. Nós temos uma área gigantesca ali para desenvolver ainda", afirmou. Jorge Rebelo também disse que existem outras barreiras no Estado do Ceará, como a falta de infraestrutura sanitária. "Temos um problema que é a falta de saneamento básico. O governo precisa resolver estas duas questões, que é a burocracia da Semace e a falta de saneamento. O Vila Galé construiu uma estação de tratamento de esgoto e água no hotel do Cumbuco. Se não fosse isso, nós ainda estaríamos à espera do Estado", afirmou.
DN
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