sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Dilma promete pacote contra corrupção e priorizar educação

Presidente disse ainda, durante fala no Parlatório, que nenhum dos direitos sociais será subtraído

A presidente Dilma Rousseff anunciou, ontem, em seu discurso de posse de 44 minutos no Congresso Nacional, o envio, ainda neste semestre, de um pacote de medidas de combate à corrupção e afirmou que a educação será a "prioridades das prioridades" em seu segundo mandato. Mais tarde, em pronunciamento no parlatório do Palácio do Planalto, a presidente afirmou que nenhum dos direitos sociais será subtraído.

Dilma, de 67 anos, assume o segundo mandato depois da mais acirrada eleição presidencial desde a redemocratização e em meio ao maior escândalo de corrupção da história do País.

Aos congressistas, a presidente voltou a pedir um grande pacto nacional contra a corrupção. A presidente citou os cinco pactos propostos por ela para combater a impunidade de corruptos e corruptores. Duas das medidas são: transformar em crime e punir com rigor os agentes públicos que enriquecem sem justificativa ou não demonstrem a origem dos seus ganhos e modificar a legislação eleitoral para transformar em crime a prática de caixa 2.

A mandatária disse ser necessário "democratizar o poder" e afirmou que isso passa ainda pela reforma política. Dilma também lamentou os escândalos de corrupção envolvendo a Petrobras no âmbito da Lava-Jato e prometeu defender a estatal de "predadores internos e inimigos externos". 

No discurso, ela foi ladeada pelos presidentes da Câmara e do Senado, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Renan Calheiros (PMDB-AL). O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acompanhou a posse sentado no plenário do Congresso. Ele não quis comentar o discurso de Dilma ou dizer quando apresentará denúncia contra políticos na Lava-Jato.

A presidente disse que não permitirá que a Petrobras seja alvo de um cerco especulativo de interesses "contrariados" com a adoção do regime de partilha dos recursos do pré-sal e com a política de conteúdo nacional dos equipamentos usados na extração do petróleo.

A petista aproveitou fala para fazer acenos políticos. Elogiou o companheirismo do vice-presidente Michel Temer (que também é presidente do PMDB), enalteceu o ex-presidente José Sarney, afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o maior líder popular da História do Brasil e disse que todas as mudanças que pretende fazer terão de passar pelo Congresso Nacional. Dilma, no entanto, não abordou a proposta de diálogo com a oposição.

Tendo em vista as dificuldades que deve enfrentar, a petista fez um apelo aos congressistas para que a ajudem a aprovar projetos de interesse da sociedade.

Durante o seu discurso, Dilma anunciou o slogan "Brasil: Pátria Educadora" como o novo lema de seu segundo mandato. Dizendo que ele é "simples, direto e mobilizador", a presidente afirmou que o setor será a "prioridade das prioridades" e deverá convergir esforços de todas as áreas do governo. 

A petista afirmou que a educação começará a receber mais verbas, com recursos oriundos dos royalties do petróleo e recursos do pré-sal.

Um dos programas mais citados pela mandatária, o Pronatec foi relembrado mais uma vez por Dilma, que prometeu oferecer 12 milhões de vagas para jovens que buscam o primeiro emprego e disse que dará "especial atenção" ao Pronatec Jovem Aprendiz, que permitirá às micro e pequenas empresas contratarem um jovem para atuar em seus estabelecimentos.

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