sábado, 23 de fevereiro de 2013

Distrito de Irrigação do Baixo Acaraú é pioneiro no Serviço de Assessoramento ao Irrigante

Grandes planos emergenciais são fundamentais para salvar os impactados pela seca. Mas somente políticas que incluam a irrigação mudarão de vez o cenário. E para expandir a área irrigada do Nordeste brasileiro é preciso, antes de qualquer coisa,melhorar a qualidade da técnica.

Os gestores precisam entender que irrigação é diferente de aguação. Já o agricultor precisa saber irrigar e, para isso, necessita receber as devidas informações. Agricultor informado é agricultor produtivo. 

No Brasil, um projeto pioneiro está sendo executado no Distrito de Irrigação do Baixo Acaraú, no Ceará. É o Serviço de Assessoramento ao Irrigante (SAI). Consiste em transferir a informação ao irrigante através de mensagem de celular, email e pela própria página na internet.

Após a visita do técnico, que faz uma avaliação do sistema e orienta o agricultor, é produzido o cadastro georreferenciado dos irrigantes. Um software realiza os cálculos necessários para o envio da informação diária de quando, quanto e como irrigar.

Outra função importante é que o sistema via web, possibilita uma rede social entre a gerência do distrito e os irrigantes. Está sendo uma realização do Inovagri e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Engenharia da Irrigação, com o apoio do distrito e de pesquisadores internacionais.

A Califórnia tem o suporte – desde 1982 – do sistema de informação e gerenciamento da irrigação (Cimis). 

Tive a oportunidade de conhecer recentemente o El Dorado Irrigation District que é uma referência norte-americana nesse tema. Um distrito rico, com produtores profissionalizados e bem equipados. 

Após a visita tive a certeza de que o SAI, uma tecnologia cearense, está no caminho certo para levar a informação ao homem do campo.