Para superar o desafio nas exatas e as limitações no aprendizado em anos anteriores, alunos do ensino médio e professores da Escola Estadual de Educação Profissional Marta Maria Giffoni de Sousa, localizada em Acaraú, desenvolveram o projeto “Be!Math: A Tecnologia como figura de mediação pedagógica”. O objetivo da ferramenta, que se tornou aplicativo em 2019, é desenvolver um processo qualificado de ensino-aprendizagem na área.
No mesmo ano da criação, o desempenho dos alunos do 1º ano do ensino médio em proficiência em matemática saltou 31% - de 16,6% para 47,7%. Em 2019, o desempenho foi ainda melhor, saindo de 17,7% de alunos em um nível considerado adequado, na primeira avaliação do ano, para 74%, na última, realizada em dezembro. A referência é o Projeto de Intervenção da Superintendência Escolar, da Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação 3.
Ao longo do ano, a escola realiza três avaliações: (Fevereiro: diagnóstico; Junho: mediadora; e Dezembro: desempenho). Por hora, o aplicativo fica disponível apenas para estudantes da instituição.
Hoje, outras lideranças do projeto são os alunos Guilherme Cunha e Suéli de Araújo, que cursam o ensino médio na Escola Marta Maria Giffoni de Sousa.
A primeira versão do Be!Math, surgida em 2018, saiu em um endereço eletrônico - ainda não tão acessível, relata a estudante. “Nos juntamos com dois alunos de Redes de Computadores para iniciarmos o projeto como um aplicativo. Todo aluno tem um celular, nem que seja do pai ou da mãe. Já o computador é mais difícil. Muitos só teriam este acesso se estivem na escola”.
Resultados
Para desenvolver o projeto, hoje, abraçado por outros alunos e docentes, foi desenvolvido um questionário para levantamento das principais dificuldades e elaboração das melhores estratégias de aprendizagem. O aplicativo é gratuito e, com um simples cadastro, a ideia é que os alunos possam utilizá-lo nas horas de estudo. Em pouco tempo, os resultados já são visíveis.A porcentagem de alunos do primeiro ano do ensino médio que tiveram um melhor desempenho nas avaliações da escolas saltou 31%, em um ano, em 2018. Já em 2019, o aumento foi de 56,3%. Em 2020, a intenção era expandir o projeto e poder disponibilizar para mais alunos. "Devido a pandemia, tivemos que parar um pouco", lamenta a professora a professora e orientadora do projeto, Luana Rios.
Aplicativo
A docente pontua, ainda, que, a partir da iniciativa, “os alunos se tornaram protagonista do próprio aprendizado”. “A tecnologia é uma aliada ao ensino da Matemática e das demais disciplinas. Nossos alunos têm uma facilidade enorme de lidar com essas ferramentas tecnológicas. Então, por que não usá-las ao nosso favor?”, aponta.
Em 2019, o Be!Math recebeu menção honrosa no Desafio Criativos da Escola, iniciativa brasileira que faz parte do Design for Change, um movimento global surgido na Índia e presente em 65 países. Com o sucesso e premiações, também, no Ceará, o projeto espera, agora, disponibilizar o aplicativo no Play Store, o que facilitará a adesão de mais estudantes.
Resultados do Spaece no ensino da matemática, em 2019:
40% dos alunos passam para o ensino médio com nível crítico de aprendizado em matemática;
Um a cada quatro estudantes do 5º ano tiveram aprendizado crítico ou muito crítico em matemática no último ano;
Uma média de 44% dos alunos atingiram o nível desejado;
Em 2008, apenas 4% havia desempenho adequado nas exatas.
Diário do Nordeste
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