O deputado Manoel Duca (Pros), durante o primeiro expediente da sessão plenária desta quarta-feira, 01, considerou “uma punhalada” a decisão da presidente Dilma Rousseff de vetar projeto que beneficiaria 32 municípios cearenses, incluindo-os na região do semiárido. De acordo com o deputado, isso significaria juros subsidiados para os produtores rurais e seguro safra mais vantajoso.
“Ninguém entende isso. Acaraú é uma faixa litorânea onde choveu bastante, mas no interior do município não choveu nada, causando sérios problemas para os agricultores. Mesmo assim, não é considerado do semiárido, deixando grande parcela dos trabalhadores rurais desassistidos”, disse.
Para o deputado, enquanto os ministros “estão envolvidos em roubalheiras”, a presidente demonstra não ter sensibilidade com os mais carentes e necessitados habitantes de nosso Estado. Em todo o Nordeste, 74 municípios foram vetados, segundo observou.
A deputada Dra. Silvana (PMDB) disse que a medida da presidente Dilma é fruto de mal assessoramento. “Isso é tortura mesmo. Deixa os assessores tomando conta do País e vai viajar. A gente está precisando de governo, porque o povo está sofrendo”, acrescentou.
O deputado Dr. Santana (PT) observou que essas decisões são adotadas por tecnocratas que não conhecem a realidade do Estado. “Devemos mobilizar a bancada federal para que a nossa realidade seja mostrada. Há municípios em estado de calamidade”, assinalou.
Para o deputado Renato Roseno (Psol), o melhor adjetivo para classificar a decisão de Dilma é “perversidade”. O parlamentar salientou que tem parentes que moram na região do Acaraú e conhece bem a realidade de alguns municípios excluídos. De acordo com o deputado, a decisão coube “ao homem do Bradesco”, Joaquim Levy, que foi nomeado pela presidente.
AL/CE
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