O famoso jeitinho brasileiro de lidar com as dificuldades está presente de tal forma no nosso dia-a-dia que às vezes a gente nem se dá conta de que ele existe. Podemos dizer até que passou a ser considerado normal pela sociedade.Para tentar driblar a falta de médicos, a prefeitura de Frexeirinha, no norte do estado, mandou fazer uma cartilha que ensina aos enfermeiros a prestar atendimento como médicos, em determinadas situações. O procedimento, além de ser considerado de risco, é um atentado à saúde de milhares de moradores.Segundo os moradores da cidade, há pelo menos 2 anos, o único hospital da cidade está sem médico nos finais de semana e também no período da noite. Por isso, segundo os enfermeiros, eles estão sendo obrigados a fazer esse tipo atendimento, mesmo sem ter conhecimento para isso.O diretor do hospital de Frexeirinha e também o único médico do local , é Lisandro Teles de Andrade. Ele é neonatologista e pediatra e justifica que existe uma dificuldade financeira no município em contratar médicos.
O hospital e maternidade Menino Jesus de Praga é de médio porte. Segundo a direção, recebe recurso de R$ 22 mil por mês do Governo Federal e chega a atender uma média de mil pacientes por mês.
Por telefone, a secretária de saúde da cidade Aurivan Linhares disse pra gente que os enfermeiros do hospital ainda não estão orientados a atender pacientes de acordo com a cartilha. Segundo ela, o hospital ainda espera uma resposta do conselho regional de enfermagem para que o documento passe a ser usado pelos profissionais.Aurivan Linhares disse ainda que os custos mensais do hospital ultrapassam os R$ 80 mil e que apenas R$ 31 mil são repassados pelo Governo Federal. Com a falta de verbas, não há previsão para contratação de médicos para cobrir os horários que estão ainda sem assistência.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
SAÚDE:Devido falta de médicos, profissionais de enfermagem se viram para "adivinhar" diagnóstico
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