
O empresário Gilvan Luis, dono do jornal Sem Nome, do município de Juazeiro do Norte (493,4 km de Fortaleza), foi sequestrado e torturado na noite da última quinta-feira, no Município, por supostas motivações políticas.
Segundo o seu sócio, Fábio Sousa, por volta das 19 horas, Gilvan estaria entrando numa escola de Juazeiro, quando foi abordado por três homens encapuzados e armados. Os criminosos teriam amarrado e sequestrado Gilvan em um veículo Corola, de cor branca e placa HWJ 8602, com registro no município de Porteiras (520 km de Fortaleza).
"Ele foi sequestrado e levado para um local esmo, na zona rural. Enquanto isso, no caminho, foi espancado violentamente``, afirmou Sousa.
De acordo com o sócio, uma professora teria visto toda a ação e acionado a Polícia. Quando uma viatura localizou o veículo, os criminosos teriam arremessado Gilvan para fora do carro. Os policiais o conduziram até o hospital e outras viaturas iniciaram a perseguição. Gilvan está internado na clínica São José, em Juazeiro. De acordo com Fábio seu estado de saúde é estável.
"Ele teve 49 pontos na cabeça e passou por uma série de exames médicos. Está falando, mas bastante machucado. A gente acredita que se a Polícia não o tivesse encontrado, hoje ele estaria sem vida``, declarou. Fábio atribuiu a autoria do atentado a pessoas ligadas à administração do Município e até ao prefeito, Manoel Santana (PT).
"Acreditamos que o mandante deste atentado, mesmo sem ter prova, seja o pessoal da administração do Santana, o próprio prefeito, ou o vereador Roberto Sampaio (PSB)``, acusou. O empresário afirmou que ele e Gilvan já foram ameaçados várias vezes por pessoas que ocupam cargos na Prefeitura.
"Nosso jornal denunciou que a esposa do vereador (Sampaio) recebia recurso do Programa Bolsa Família, mesmo sendo professora concursada do Município na época``, afirmou. ``Estamos vivendo um clima tenso com essa administração. Eu estou na lista dele, me sinto como a próxima vitima da administração do doutor Santana``, acusou Fábio.
Prefeito nega
Por meio de nota de repúdio, Santana afirmou que as autoridades policiais devem investigar o ``odioso fato``, de forma ``rápida e eficazmente``, para que os culpados sejam punidos ``severamente``. ``Minha índole não acalenta a imundície desse gesto nem qualquer tipo de atentado a vida alheia``. O advogado do prefeito, José Carlos Pimentel, disse que Santana não tem ``a mínima relação`` com o acontecido e adiantou que entrará com ação por denúncia caluniosa contra Gilvan e Fábio.
Fonte: opovo
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