A Fretcar, uma das empresas vencedoras da licitação pública ocorrida em 2009 para a operacionalização das linhas intermunicipais do interior do Ceará, decidiu encerrar suas atividades. A empresa também atende o transporte urbano de Fortaleza, onde é responsável por 5% do atendimento urbano.
Em comunicado interno, a diretoria da viação ressaltou o prejuízo causado pela pandemia de Covid 19, que trouxe consequências significativas para muitas empresas. “No caso da Fretcar não foi diferente, com a redução drástica e sistemática do número de passageiros, o que nos trouxe enormes prejuízos”, afirma a Fretcar.
“Contudo, por absoluta falta de condições econômico-financeiras para prosseguir honrando com os compromissos, tanto para com os colaboradores como fornecedores, chegou o momento de anunciarmos o encerramento das nossas atividades”, conclui.
A Fretcar atendia até o final de 2020 rotas urbanas para municípios cearenses como Redenção, Guaiúba, Pacatuba, Maranguape e São Gonçalo. Nos trechos intermunicipais, operava nas Rodoviárias de Fortaleza, Itapipoca e Quixadá. Atendia também as cidades de Fortaleza, Jijoca, Quixadá, Camocim, Itapipoca, Itarema, Acaraú e Quixeramobim.
Dimas Barreira, presidente do Sindiônibus, afirma que é a pior crise enfrentada pelo transporte público em Fortaleza. "Realmente é um momento muito delicado e todo o esforço de planejamento que a gente faz acaba sendo insuficiente. Estamos vivendo um ambiente com inflação específica para o setor por conta do diesel, além da inflação como um todo. É muito dramático", afirma.
Barreira explica que o setor tem dificuldade de flutuar o valor do serviço de acordo com os custos dos seus insumos. E reforça que só de janeiro para cá o valor do diesel subiu mais de 50% e ao longo da pandemia mais que dobrou.
Além da Fretcar, o Sindiônibus alerta para a situação de outras duas empresas, a Santa Cecília e Ceará Grande, que entraram com pedido de recuperação judicial por falta de opção.
0 comentários:
Postar um comentário