No litoral do Estado chega lixo em tamanho tão reduzido que passa despercebido aos olhos, escondendo os prejuízos ao meio ambiente, mas com seus efeitos monitorados pelas lentes de pesquisadores cearenses.
Estudos publicados em revista internacional apontam que todo o litoral do Ceará apresenta os chamados microplásticos, fragmentos também de tinta e de isopor, que alcançam os estômagos de peixes, - sendo fonte de substâncias tóxicas e bactérias prejudiciais à saúde de animais e seres humanos - e estão concentrados em localidades como Fortaleza, Icapuí e Acaraú. Tais materiais, produzidos pela sociedade, se depositam no fundo do mar e se mantém circulando no ambiente marinho.
As informações são de dois artigos produzidos na Universidade Federal do Ceará (UFC). O primeiro traz detalhamento sobre a poluição encontrada em todas as praias cearenses em que o descarte irregular de lixo e a gestão dos esgotos estão relacionados com o problema.
Esse material também tem origem nos produtos esfoliantes para pele e cremes dentais feitos com microesferas de plásticos, os do tipo primário, e na decomposição de objetos maiores como sacolas plásticas, os microplásticos secundários. Além disso, o desgaste de roupas sintéticas lavadas em máquinas domésticas, que vão pelo esgoto até o mar, e redes de pescas descartadas irregularmente estão entre os poluentes que se depositam em profundidades extensas.
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