Manoel Duca pede mais cautela dos deputados nas acusações em plenário

O deputado Manoel Duca (Pros) pediu, em pronunciamento no primeiro expediente da sessão plenária desta quinta-feira, 08, mais cautela dos deputados quando apresentassem denúncias no Plenário. 

O parlamentar citou denúncia de suposto nepotismo no município de Uruburetama, feita pelo deputado Fernando Hugo (SDD). Conforme informações repassadas por vereadores do município a Hugo, o prefeito Luiz Vladeirton de Oliveira Queiroz Filho teria contratado o próprio pai, auditor da Secretaria da Fazenda do Estado, para ocupar cargos na administração municipal, e este estaria acumulando cargos comissionados, recebendo salário de R$ 28,9 mil mensais.

“O prefeito está sendo acusado de pagar super salários a um servidor fazendário, cedido para sua prefeitura. Um bom executivo custa caro, e o servidor, no caso, é seu pai, que assumiu a Secretaria de Finanças. Para isso, existe uma lei que faz o convênio com a Sefaz, passando a função do pagamento para aquela prefeitura”, defendeu Duca.

Segundo o parlamentar, um deputado teria lançado o nome do prefeito como ladrão, antes mesmo de ser aberta qualquer sindicância ou julgamento, o que, para ele, prejudica a imagem de um jovem político. “Um deputado lançou o nome desse prefeito como ladrão, antes mesmo de se fazer qualquer investigação. O servidor em questão fez uma série de mudanças que melhoraram a administração do município”, afirmou. 

“Quero apenas fazer essas considerações para que tenhamos cuidado quando formos acusar alguém. Só se acusa quando se tem provas, e elas ainda devem ser analisadas. Inclusive uma das pessoas fez a acusação, no caso, uma vereadora, está sendo acusada de falsificar documentos da própria irmã”, alertou o deputado. 

Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PV) afirmou que a cidade de Uruburetama não merecia ser pauta na Assembleia de uma forma tão negativa. “Tenho a melhor das impressões do prefeito, mas, se eu tivesse oportunidade, só questionaria se a cidade tem capacidade para pagar esse valor declarado”, justificou Mesquita.

AL/CE