Mais uma rebelião em Acaraú

No ultimo dia 03 de outubro, a cidade de Acaraú presenciou mais uma rebelião, a primeira do presídio novo, que foi entregue pelo Governo do Estado no 1º semestre.

Enquanto todos os acarauenses exerciam seu dever de cidadania, presidiários deste município se rebelavam no novo presídio queimando colchões, quebrando grades e acessórios, deixando o presídio totalmente danificado. Os ânimos só se acalmaram com a chegada da policia e da tropa de choque. Dos rebelados nove presidiários mais exaltados foram transferidos para Sobral e Fortaleza e três conseguiram fugir e ainda não foram capturados. O restante e menos exaltados foram transferidos para a cadeia antiga até que possam voltar para o presídio.

Há duas versões não oficiais para o inicio do motim. A primeira versão é que detentos não aceitaram a suspensão da visita de domingo por conta das eleições. Já outra versão é que detentos mais exaltados do presídio haviam planejado se rebelarem para tentar uma fuga, já que a policia e a justiça estavam com o foco no pleito eleitoral.

Essa não é primeira vez que a cadeia de Acaraú enfrenta esse tipo de situação.

*Em novembro de 2006, os presos fizeram um carcereiro refém para exigir da Justiça revisão de penas e protestar contra a superlotação da cadeia. Depois de 2 horas de negociação, os presos que foram levados ao Fórum, retornaram à cadeia e libertaram o refém.

*Em Agosto de 2008 os presos subiram no telhado e atiraram telhas na rua. Dentro da cadeia, atearam fogo nos colchões. A área foi isolada com a chegada do reforço policial. A rebelião teria começado na hora do banho de sol por conta da demora no atendimento de um preso que teria passado mal durante a madrugada e não resistiu a uma parada cardíaca. Já no fim da manhã a situação foi controlada. Três presos foram levados para conversar com o juiz da cidade. Eles negociaram o fim da rebelião.
*Já no dia 11 de Fevereiro de 2010, as vésperas da inauguração da nova unidade prisional, os detentos recolhidos na antiga carceragem de Acaraú tentaram sem sucesso, uma nova rebelião.

Os presos não queriam aceitar o retorno do detento Danilo Seferino, foragido naquela ocasião e recapturado. Os ânimos só se acalmaram quando o detento foi encaminhado ao fórum de Acaraú onde em uma audiência com o juiz da comarca ficou acordado que ele será transferido para Fortaleza, depois do período momino.