A pouco mais de um ano das eleições municipais, o governador Elmano de Freitas (PT) deu um passo estratégico e nomeou dez ex-prefeitos cearenses para cargos de assessor especial do Governo do Estado. Na prática, eles irão atuar diretamente na articulação política, ampliando a presença do Executivo nas regiões e fortalecendo as bases eleitorais. Além dos assessores, a ex-prefeita de Massapê, Aline Albuquerque, também foi contemplada e passou a integrar a Agência Reguladora do Ceará (Arce).
Entre os novos nomes que agora compõem o time do Governo estão: Glairton Cunha (Jaguaretama), Priscilla Figueiredo (Quiterianópolis), Robert Viana Leitão (Mulungu), Bismarck Barros (Piquet Carneiro), Isaac Júnior (Mauriti), Lindbergh Martins (Jijoca de Jericoacoara), Zé Helder (Várzea Alegre), Dr. Aniziário Costa (Jardim), Raimundo Lacerda Filho (Icapuí) e Carlos Áquila Cunha (Moraújo). Todos assumiram funções entre o fim de julho e meados de agosto, conforme registros no Diário Oficial do Estado.
De acordo com dados do Portal da Transparência, os cargos de assessor especial I, vinculados à Casa Civil, possuem remuneração média de R$ 10,3 mil. Enquanto opositores enxergam as nomeações como uma forma de “cooptação” política em ano pré-eleitoral, governistas defendem que os ex-prefeitos trazem experiência administrativa valiosa para fortalecer a gestão estadual.
Após a indicação da ex-prefeita de Massapê, o deputado estadual Felipe Mota (União) fez críticas às nomeações de ex-prefeitos pelo Governo do Estado. “Eu tenho feito críticas, desde o início do governo, à inoperância e ao inchaço da máquina pública (...) Os ex-prefeitos, claro, têm experiência, conhecem alguma coisa, mas não para cargos que são estritamente técnicos. Eu mesmo já me neguei a assumir cargos por não me ver tecnicamente preparado para assumir. Preferi ficar”, disse.
A assessoria da Casa Civil e a Secretaria de Articulação Política foram procuradas, mas não se manifestaram sobre o assunto.
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