A delegada Socorro Portela, titular da Delegacia Regional de Acaraú, investiga a motivação dos três homens que golpearam a travesti Paulete, de 42 anos, com socos, chutes e facadas no último domingo, na cidade de Morrinhos, no Ceará. A principal suspeita é de que o primo da travesti mantinha um caso extraconjugal com a mulher de um dos agressores, conhecido como "Edsô" na região.
Paulete e os autores do crime estavam em um bar, quando a travesti questionou José Edson de Maria, o Edsô, de 33 anos, o porquê das ameaças contra seu parente. O desentendimento culminou na agressão, em local próximo ao estabelecimento. A travesti foi levada em estado grave para um hospital local e ainda se recupera dos ferimentos em uma unidade de saúde de Sobral. Ela deve ser ouvida ainda nesta semana pelos investigadores.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, os três suspeitos já foram identificados e presos. Edsô foi detido momentos depois por tentativa homicídio, no domingo. O segundo envolvido, Francisco Edvan de Araújo, de 30 anos e apelido "Baratão", foi detido dentro de um matagal próximo à sua residência. O último agressor foi localizado na segunda-feira: buscas das forças de segurança capturaram Francisco Adriano Gomes, de 22 anos, conhecido como "Adriano Chupão", na cidade de Marco.
A investigação está a cargo da Delegacia Regional de Acaraú. Os três suspeitos, segundo a secretaria, vão responder por tentativa de homicídio.
O espancamento de Paulete foi um mês depois da morte da travesti Dandara dos Santos, agredida e assassinada por um grupo de homens em uma rua de Fortaleza, também no Ceará.
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