sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Pesquisadores identificam áreas de maternidade da vida marinha em Acaraú e Itarema


Maternidade da vida marinha é descoberta em ambientes costeiros do Ceará por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema). O estudo, realizado na região Oeste do Estado, principalmente entre Acaraú e Itarema, identificou áreas com abundância de ovos e larvas de peixes, que seriam utilizadas como espaço de reprodução e desenvolvimento dos animais.

Essas áreas são apontadas pelo estudo como bancos de rodolitos (algas calcáreas) e bancos de gramas marinhas de Halodule wrightii, popularmente chamada de “capim-agulha” e conhecida por ser um dos alimentos preferidos do peixe-boi - espécie ameaçada de extinção. Durante os trabalhos, os pesquisadores se debruçaram sobre a relação entre os ciclos de vida dos animais com os diferentes ambientes onde eles se desenvolvem, segundo esclarece, Ana Cecília Pinho Costa, que tem a pesquisa como tema do seu doutorado em Ciências Marinhas Tropicais.

“A pesquisa consistiu em avaliar como que esses estágios [ovos e larvas] utilizam essas áreas”, comenta Ana Cecília. “E o resultado é que esse banco de algas e capim agulha é muito habitado pelos estágios mais iniciais, que seriam os ovos e as larvas em pré-flexão. Isso quer dizer que os peixes adultos se reproduzem e depositam os ovos naquele local”, detalha.

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