Com o fim do período de pré-estação e a expectativa da chegada da quadra chuvosa, para meados de fevereiro, os moradores de Santana do Acaraú já se preocupam com um problema que se arrasta há anos. Iniciada em 1992, a construção do Açude Carnaúba, com capacidade para cerca de 11 milhões de m³, não chegou a ser concluída, faltando a finalização, tanto da parede do reservatório, quanto de seu sangradouro. O açude fica em um ponto mais elevado em relação à cidade, a 12Km, tendo, nas proximidades de seu leito, diversas comunidades agrícolas.
A água do reservatório se junta à do Rio Acaraú, que corta a cidade. Daí, o medo dos moradores, que, caso o volume cresça, a ponto de romper a parede do sangradouro inacabado. As famílias reclamam, ainda, da construção particular de um tanque de peixes e a colocação de uma cerca farpada, dentro do leito do açude.
Em 2010, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) elaborou um documento com vistoria técnica, justificando a paralisação da obra e encerramento do convênio. Na nota técnica, o auditor-chefe do Dnocs, Ricardo Domingues da Silva, afirmou que, entre as falhas, "houve divergência entre diversos convênios para o mesmo fim, além de graves deficiências na formalização, execução e prestação de contas de todos os convênios relacionados à obra em questão".
O atual prefeito de Santana, Marcelo Arcanjo, encaminhou, no ano passado, diversos ofícios ao Dnocs, solicitando a urgente retomada e finalização da obra, apesar dos embargos técnicos.
Blog O Acaraú com informações
do Diário do Nordeste
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