segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Briga de presos na cadeia de Itapajé deixa 10 mortos

Dez presos foram mortos na manhã desta segunda-feira, 29, durante rebelião na Cadeia Pública de Itapajé, a 125 quilômetros de Fortaleza. De acordo com a Polícia Militar, a rebelião começou por volta das 8h30 (horário local). Informações iniciais dão conta de que detentos de facções rivais teriam entrado em confronto.

De acordo com o presidente do Conselho Penitenciário do Estado do Ceará (Copen), Cláudio Justa, o conflito seria decorrente da chacina ocorrida no sábado, em Fortaleza, onde 14 pessoas foram mortas numa casa de forró, no bairro Cajazeiras.

De acordo com ele, a rebelião já teria sido controlada. Para tanto, foi preciso pedir reforço policial às cidades vizinhas, como Irauçuba, Uruburetama, Umirim e Itapipoca.

Presos ligados a uma facção conseguiram se soltar e mataram integrantes de uma facção rival. Nove presos foram mortos na cadeia. Um outro foi levado ao hospital da cidade, mas não resistiu e morreu. 

A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) ainda não se manifestou sobre o assunto. Apenas confirmou que houve o conflito, mas ainda não revelou o número de mortos e feridos.

Resposta

O ministro da Justiça, Torquato Jardim, em nota oficial, respondeu às acusações do governador do Ceará, Camilo Santana (PT), que tentou atribuir ao governo federal responsabilidade na chacina que matou 14 pessoas em Fortaleza, na madrugada de sábado, 27, sob a alegação de que o seu Estado não fabrica nem armas pesadas nem drogas, que não existe uma política nacional de segurança pública.

O governador petista avisou ainda que ia cobrar ações do presidente Michel Temer para conter a onda de violência local. Na nota, o ministro oferece apoio da do governo federal, mas devolve a responsabilidade na questão de segurança pública para o Estado, lembrando que governadores não pedem ajuda em questão de segurança por questão política. As acusações do governador petista irritaram bastante o Planalto e o Ministério da Justiça.

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