quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Tartarugas encalhadas no Ceará são levadas para o Projeto Tamar em Almofala

Principal causa é o lixo e a pesca incidental; a maioria desses animais morre por agravamento dos problemas de saúde

Praias de Fortaleza, como a Praia do Futuro, Serviluz e Titanzinho têm se tornado ponto de desova de tartarugas marinhas, mesmo sem contar com qualquer proteção ou fiscalização oficial. Em todo o Ceará, o número de tartarugas encalhadas é bem maior do que o da Capital. Em 2011, foram recolhidos 168 animais em Itarema, Acaraú e Fortaleza. Já em 2012, foram cerca de 190, o que representa um aumento de cerca de 13%.

Em Fortaleza, as tartarugas recolhidas recebem os primeiros socorros no Centro de Triagem de Animais Silvestres, vinculado ao Ibama. Caso não respondam ao tratamento, são transferidas para a sede do Projeto Tamar, na Praia de Almofala, em Itarema.

Em 2013, o órgão já recolheu um quelônio, no último dia 5 de janeiro, na Praia do Titanzinho. A tartaruga foi para o Centro de Triagem, onde recebeu os primeiros socorros. De acordo com Alberto Klefasz, ela estava bastante debilitada, pois, como ingeriu lixo, ficou vários dias sem se alimentar. 

No traslado de Fortaleza até a cidade de Itarema, onde fica o Projeto Tamar, distante 204 Km da Capital cearense, o animal é levado em cima de uma espuma ou outra superfície macia, para prevenir traumas, e é envolto em panos úmidos, para evitar que o animal desidrate.

"As tartarugas não podem ser transportadas em tanques, porque, por terem respiração pulmonar, podem se afogar com o chacoalhar do veículo", esclarece o analista ambiental.