Quem achava que a queda de 54,03% na expectativa da produção agrícola do Ceará apresentada em abril, em relação à estimativa inicial de janeiro, não poderia piorar acabou se enganando. Segundo dados divulgados no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice apresentou decréscimo de 74% no mês de maio, já que a expectativa inicial de 1,4 milhão de toneladas foi reduzida para 374 mil toneladas.
Em relação à safra obtida no ano passado, estima-se um decréscimo de 71,25%. De acordo com o LSPA, que refere-se ao período de 16 de abril a 15 de maio, o principal motivo da queda segue sendo a ausência das chuvas nas regiões de plantio. A macrorregião do Sertão Central e Inhamuns foi aquela que apresentou o maior desvio percentual negativo, pois dos 120.1 milímetros esperados, só choveu, neste período, 14,2 milímetros.
O estudo do IBGE revela ainda que a macrorregião da Jaguaribana ocupou o segundo lugar em maior desvio percentual.
Maiores perdas
No grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas, observa-se que todas as alterações foram negativas, ficando por conta do algodão herbáceo de sequeiro, amendoim, arroz de sequeiro, fava, feijão de arranca de 1ª safra (Phaseollus), feijão-de-corda de 1ª safra, girassol, milho (grão), milho (semente), sorgo granífero, mamona, e algodão arbóreo.
O feijão-de-corda de primeira safra (Vigna), por exemplo, teve uma perda maior que a informada anteriormente, já apresentando perda de área ( 150 hectares) e declinando em macrorregiões como o Litoral de Camocim e de Acaraú, Ibiapaba, Santa Quitéria, Itapipoca, Baixo Curu, Uruburetama, Médio Curu, Canindé, Baturité, Sertão de Quixeramobim e Sertão de Crateús.
Fonte: Diário do Nordeste
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