quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

No Baixo Acaraú, cerca de 20 produtores já demonstraram interesse no plantio do cacau


Os avanços de estudos para novas técnicas, tecnologias e espécies de plantas estão ajudando o agronegócio cearense a driblar o clima semiárido característico do Estado e ampliando o investimento nas chamadas culturas alternativas, produtos que ainda não eram cultivados no Ceará mas demonstram forte potencial.

Uma dessas culturas que está despontando fortemente é o cacau, que após alguns anos de pesquisa se mostrou viável com produtividade ainda maior que a observada no Recôncavo Bahiano, região que cultiva a amêndoa desde o período da colonização do Brasil.

Somente no Baixo Acaraú, por exemplo, cerca de 20 produtores já demonstraram interesse no plantio do cacau, dos quais dez já iniciaram a implantação. Um deles é Vitor Chiamulera, sócio-proprietário da Fazenda Águas de Março.

Em todo o perímetro irrigado da Região, Vitor revela que já há quase 100 mil mudas plantadas. Ele estima que, ao todo, a área deve receber um investimento de R$ 50 milhões nos próximos três anos apenas nessa cultura, dos quais R$ 4 milhões são apenas no próprio negócio.

O interesse no cacau surgiu após algumas pesquisas de quais culturas seria possível integrar com o coco.

Segundo ele, as primeiras mudas foram adquiridas em 2019, mas a pandemia atrapalhou um pouco o cronograma de implantação, que iniciou em março de 2021. Ao todo, cerca de 20 mil plantas já estão implantadas em três etapas.

"O que nos levou a trabalhar com o cacau, consorciado com o coco, foram as experiências que já vêm dando certo na Bahia há mais de 20 anos. A mesma água e o mesmo adubo que você usa no coco eu consigo produzir o cacau", afirma Vitor.

Vitor detalha que o cacau começa a produzir em ritmo comercial a partir do terceiro ano após a implantação. Sobre o escoamento da produção, ele explica que três empresas comandam a comercialização da amêndoa no mundo, todas atuantes no Brasil.

Em contato com uma delas, ele revela que a compra da produção já foi assegurada, inclusive com garantias como seguro e escolta do transporte.

Blog O Acaraú com informações do Diário do Nordeste

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