Comunidade em alerta
A empresa Sete Ondas Biomar pretende produzir no Ceará 800 mil toneladas por mês de Carragena. O insumo é produzido atualmente em 42 países. No Brasil, a situação é recente e, embora artesanal, os moradores alertam que não querem perder a autonomia de seu cultivo. Eles têm medo que, com vistas nos rendimentos da atividade, grandes empresários aliciem grupos de catadores e estes, não detendo mais o meio de produção, continuem como mão de obra barata apenas resumida a catadores e sem participação nos lucros.
É um receio que já deve ser pensado pelo Governo do Estado. Para Fernando Pessoa, diretor de agronegócios da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), será um "resgate social para as comunidades litorâneas do Ceará".
Projeto Algas do Ceará, da parceria Governo do Estado e a empresa Sete Ondas Biomar, pretende investir R$ 66 milhões na implantação de estruturas de cultivo de algas úmidas nos sete Municípios citados.
O prazo de implantação do projeto é de três anos, agregando três mil produtores. O Governo participa com infraestrutura e outorgas ambientais e o Banco do Brasil é o agente financeiro de crédito para os pequenos produtores pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Sebrae e a empresa Biomar devem ficar responsáveis pela capacitação dos produtores para as tecnologias de produção. A Biomar demanda cerca de oito milhões de toneladas de algas úmidas por ano.
Com informações do Jornal Diário do Nordeste / Blog do Erasmo Andrade
0 comentários:
Postar um comentário