quinta-feira, 13 de julho de 2017

Com vereadores presos, 3ª fase da operação em Itarema mira pessoas ligadas ao poder público

Os alvos da terceira fase da operação Fantasma são pessoas ligadas ao poder público de Itarema, de acordo com o Ministério Público. Um homem foi preso nesta terça-feira, 11, e outro é procurado por suspeita de participação em um esquema milionário de contratação de funcionários fantasmas na Câmara Municipal de Itarema.

De acordo com a promotora de Justiça Mayara Muniz, responsável pelo operação no Ministério Público, o esquema de fraude é mantido desde 2006 e gerou prejuízo de milhões, embora ainda não seja possível apontar o valor exato.

Na segunda fase da operação Fantasma, oito dos 13 vereadores da cidade haviam sido presos. Nesta terceira fase, era pai de servidores fantasmas ligados a políticos que ocupam cargos no poder público de Itarema.

"O que foi preso é servidor da prefeitura e ele era pai de dois servidores fantasmas na Câmara Municipal, inclusive a investigação indica que ele falsificava a assinatura dos filhos. Hoje constatamos que, de fato, a rubrica atrás dos cheques é dele", detalha a promotora.

O segundo alvo de mandado de prisão é filho de um dos oito vereadores presos. "Ele é contador da Prefeitura e nós constatamos que ele na realidade atua como contador informal da Câmara. Ele elaborava a folha de pagamento da Câmara e tinha conhecimento pleno do esquema."

Ainda conforme a Promotoria de Justiça, os suspeitos contratavam como funcionários fantasmas pessoas humildes, de baixa renda, a quem repassavam uma pequena fração do dinheiro desviado.

"Nós pegamos um caso em que a assessora era empregada doméstica da sogra de um vereador. São pessoas bem pobres, que eles chamam pra fazer fluir esse dinheiro. Eles [empregados humildes] vão responder também. Eles estão em conluio, a grande maioria mentiu, não quis colaborar e optaram por assumir essa responsabilidade."

A terceira fase da operação Fantasma constatou também, conforme a Promotoria, que os valores eram recebidos diretamente pelos vereadores presos. "Recebemos documentos dos bancos que provam que o dinheiro não passava nem pelos funcionários fantasmas, eles recebiam só uma parte para manter o esquema", diz.

Com Informações do G1

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