Os alvos da terceira fase da operação Fantasma são pessoas ligadas ao poder público de Itarema, de acordo com o Ministério Público. Um homem foi preso nesta terça-feira, 11, e outro é procurado por suspeita de participação em um esquema milionário de contratação de funcionários fantasmas na Câmara Municipal de Itarema.
De acordo com a promotora de Justiça Mayara Muniz, responsável pelo operação no Ministério Público, o esquema de fraude é mantido desde 2006 e gerou prejuízo de milhões, embora ainda não seja possível apontar o valor exato.
Na segunda fase da operação Fantasma, oito dos 13 vereadores da cidade haviam sido presos. Nesta terceira fase, era pai de servidores fantasmas ligados a políticos que ocupam cargos no poder público de Itarema.
"O que foi preso é servidor da prefeitura e ele era pai de dois servidores fantasmas na Câmara Municipal, inclusive a investigação indica que ele falsificava a assinatura dos filhos. Hoje constatamos que, de fato, a rubrica atrás dos cheques é dele", detalha a promotora.
O segundo alvo de mandado de prisão é filho de um dos oito vereadores presos. "Ele é contador da Prefeitura e nós constatamos que ele na realidade atua como contador informal da Câmara. Ele elaborava a folha de pagamento da Câmara e tinha conhecimento pleno do esquema."
Ainda conforme a Promotoria de Justiça, os suspeitos contratavam como funcionários fantasmas pessoas humildes, de baixa renda, a quem repassavam uma pequena fração do dinheiro desviado.
"Nós pegamos um caso em que a assessora era empregada doméstica da sogra de um vereador. São pessoas bem pobres, que eles chamam pra fazer fluir esse dinheiro. Eles [empregados humildes] vão responder também. Eles estão em conluio, a grande maioria mentiu, não quis colaborar e optaram por assumir essa responsabilidade."
A terceira fase da operação Fantasma constatou também, conforme a Promotoria, que os valores eram recebidos diretamente pelos vereadores presos. "Recebemos documentos dos bancos que provam que o dinheiro não passava nem pelos funcionários fantasmas, eles recebiam só uma parte para manter o esquema", diz.
Com Informações do G1
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