
A Justiça Eleitoral condenou o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), à perda do mandato pelo suposto recebimento de doações ilegais na campanha de 2008.
Com informações da Folha Online, a sentença do juiz Aloísio Silveira, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, deve ser publicada no "Diário Oficial" na próxima terça-feira, e a cassação vale oficialmente após esse ato formal.
Em nota, a defesa do prefeito diz que as contas "foram analisadas e aprovadas sem ressalvas pela Justiça Eleitoral". Os advogados vão recorrer, o que suspenderá a cassação até o julgamento em segunda instância.
No processo, o prefeito é acusado de receber doações ilegais que somam R$ 10 milhões, provenientes de construtoras, do banco Itaú e da AIB (Associação Imobiliária Brasileira). A AIB foi apontada pelo promotor eleitoral Maurício Lopes como entidade de fachada do Secovi (sindicato do setor imobiliário). Sindicatos são proibidos por lei de realizarem tais contribuições.
Por Aldênis Fernandes: Apesar da morosidade da justiça brasileira, muitas sentenças são julgadas com maior rapidez, outras não! Os motivos de morosidades e agilidades em alguns processos são uma incógnita. Não se sabe, ao certo, o problema: se sobrecarga, se gerencial, se econômico ou até mesmo ingerência política. Tudo, nesse país, pode acontecer.
Para alguns processos parados envolvendo políticos, aí a gente pensa em tudo, até o que não pensa. Nunca se viu tantos processos empacados na história da justiça brasileira, principalmente os que envolvem políticos lacaios e desonestos, salvo poucas exceções.
Aqui no Nordeste e principalmente no Ceará, os processos congelados contribuem para engrossar o coro dos insatisfeitos com a lentidão de julgamentos, a principal queixa dos cidadãos nordestinos, cearenses em relação à Justiça.