Moradores de comunidade rural da cidade de Bela Cruz temem fechamento de escola que fica a cerca de sete quilômetros da sede, à margem leste do Rio Acaraú e a poucos quilômetros da estrada que liga Triângulo de Marco a Acaraú. Com a ausência de pontes de concreto sobre o rio em Bela Cruz e com as cheias do Rio, os moradores precisam ir a Cruz ou Marco para chegar à sede da cidade, o que faz com que muitos da comunidade e adjacências prefiram procurar a cidade de Acaraú para resolver demandas bancárias, comerciais e outras.
Entretanto, a comunidade agora enfrenta um problema maior: por causa do número reduzido de alunos, a Secretaria da Educação local quer fechar a Escola Francisco de Assis Araújo, que atende há quase 40 anos. A escola foi criada em 1980, pelo prefeito Julio França, depois de uma grande luta de uma professora local, Aurila do Nascimento, hoje com 90 anos: ela lecionava de casa em casa, entre os anos de 1961 a 1980. Depois que a Escola foi criada, Aurila foi diretora por 17 anos.
Os moradores estão fazendo mutirão para conter a debandada de alunos para a Escola Roque Lopes, de Lagoa Grande, pertencente à Acaraú: pais inconformados com a falta de estrutura e com as aulas que sequer havia começado procuraram o município vizinho para conseguir vagas para os filhos.
Os moradores afirmam que a comunidade ficou relegada a segundo plano pelas administrações municipais e agora precisam batalhar para não verem o seu patrimônio público ser perdido.
"A omissão do município em oferecer condições melhores para o aprendizado fez com que muitos pais pusessem os filhos para estudar na comunidade vizinha, pertencente à Acaraú: agora, a Secretaria da Educação, que poderia ajudar a resolver o problema, já que o município também perde recursos com isso, prefere se omitir e fechar a escola, deixando o encargo para o município vizinho", afirma um ex-residente local que não quis se identificar.
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