segunda-feira, 25 de junho de 2018

Em Morrinhos árvores são derrubadas para revitalizar a praça do centro de Sítio Alegre

Engenheiros, arquitetos e urbanistas ao elaborarem seus projetos de revitalização e construção de espaços públicos de convivência, procuram preservar as árvores que existem no local. Infelizmente não foi isso que aconteceu com as que estavam na praça do centro de Sítio Alegre, em Morrinhos. Todas foram derrubadas. No toral, dez.

Ninguém é contra a revitalização do espaço, pelo contrário, a população sitioalegrense ficou bastante satisfeita com o cuidado da prefeitura de Morrinhos em ampliar e dar vida nova a praça que fica em frente a igreja matriz do maior distrito do município. Todavia, esperava-se que houvesse a preocupação de deixar algumas plantas que já estavam no local, afinal, muitas delas foram plantadas a quase trinta anos por moradores de Sítio Alegre. 

Foi difícil olhar para a cena das árvores jogadas ao chão, sem vida. Árvores típicas da nossa região, como o flamboiã, popularmente conhecido como sombreiam. Tantas vezes, ao esperar o ônibus para ir ao colégio Carminha Vasconcelos, inúmeros estudantes ficavam debaixo da sobra daquelas árvores que foram cortadas.

Faltou um pouco de sensibilidade a quem elaborou o projeto. Faltou também ouvir a população, que certamente iria opinar para que a praça fosse reformada, é verdade, mas que as plantas ficassem. Se não todas, pelo menos algumas. Quando se mexe em uma praça, não é apenas no espaço físico que se modifica, mas também em certa medida, na construção de uma memória coletiva. Afinal, quantas casais não começaram a paquerar naquele espaço?! Quantas crianças brincaram, correram, se divertiram naquela lugar?!

Assim como as plantas estavam enraizadas naquele solo, nossas memórias também estavam ligadas aquela praça e suas árvores. O cimento podia cair, os bancos podiam ser retirados, o piso podia ser trocado, o ambiente podia ser ampliado. Mas todas as árvores, há, essas não podiam terem sido cortadas. Para voltar a dar sombra vai demorar muito tempo, infelizmente.

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