O fim do patrocínio de refrigerantes pode inviabilizar eventos esportivos no País, segundo o Comitê Olímpico do Brasil (COB). A medida está prevista no Projeto de Lei 4910/16, que foi tema de audiência pública da Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 21. Pela proposta, de autoria do deputado Alfredo Nascimento (PR-AM), as indústrias de refrigerantes, bebidas com gás e derivados ficam proibidas de patrocinar modalidades esportivas.
O diretor de Relações Institucionais do COB, Bernard Rajzman, destacou a participação desses setores nos patrocínios esportivos. Ele estima que a proibição gere perdas de R$ 100 milhões por ano.
“No momento em que o País está mal economicamente, isso se reflete no esporte. Os patrocínios desceram 70%, 80%, às vezes 90%. As estatais praticamente saíram do esporte em função da economia. Então, é injusto punir o esporte que, indiretamente, combate a obesidade”, afirmou o diretor do COB, ressaltando que os atletas campeões olímpicos influenciam as crianças a praticar esportes.
Dados da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (Abir) mostram que a indústria patrocina atualmente 3 times de basquete, 13 times de futebol profissional e 27 atletas de alto rendimento em 23 modalidades, além da Seleção Brasileira de Futebol.
Só a Coca-Cola investiu R$ 14 bilhões, entre 2012 e 2016, para a realização das Olimpíadas do Rio de Janeiro. A Abir reúne 54 empresas do setor, que emprega 1,6 milhão de pessoas.
Agência Câmara Notícias
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