Investigações do Ministério Público Estadual do Ceará (MPCE) apontaram que 20 dos 39 funcionários da Câmara Municipal de Itarema são 'fantasmas', ou seja, recebiam salários sem trabalhar. Um dos servidores que possuía esse vínculo irregular com a casa legislativa é um vereador eleito em Amontada, a 47 quilômetros do município.
Na manhã desta quarta-feira, 28, oito vereadores de Itarema e uma servidora da Câmara foram presos durante uma operação da Promotoria de Justiça de Itarema e do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco). Dentre os presos, estão o presidente e o vice-presidente da casa. Os outros cinco vereadores que compõem o Legislativo da cidade também são investigados, de acordo com o MP.
Os presos são suspeitos de estelionato, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato. Segundo denúncia do MPCE, os servidores fantasmas recebiam salários sem comparecer ao prédio do legislativo municipal para trabalhar. Outras pessoas contratadas eram obrigadas a repassar parte de seus salários para os vereadores investigados.
Além disso, parentes de parlamentares prestavam serviços sem nenhum vínculo formal com a Câmara de Itarema e recebiam os vencimentos em espécie e diretamente dos parlamentares na própria Câmara dos Vereadores. O Ministério Público apontou que há indícios de desvio de dinheiro público através da contratação ilegal de funcionários desde 2006. O órgão, porém, informou que ainda não é possível calcular os valores, já que as investigações seguem em andamento
Os mandados de busca e apreensão foram realizados no prédio da Câmara Municipal, nas casas de todos os vereadores e de outros servidores. Houve busca e apreensão também nos municípios de Cruz, Morrinhos e Amontada.
G1
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