quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Projeto Campo Futuro: Camarão apresenta maior nível de investimento entre espécies estudadas

A aquicultura brasileira é caracterizada pela grande diversidade de sua produção em termos de espécies e níveis de tecnologia. As diferentes condições de clima e sistemas de produção permitem ao produtor investir e oferecer espécies distintas de acordo com a demanda do mercado. Prova disso, é o camarão, que apresentou o maior nível de investimento entre todas as espécies estudadas neste ano pelo Projeto Campo Futuro da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Foram levantados os custos de produção de cinco tipos de pescado brasileiro: camarão marinho, tilápia, pintado, pirarucu e tambaqui.

Os resultados foram apresentados no Seminário Nacional do Projeto Campo Futuro 2015, na última quarta-feira, 18/11, em Brasília. De acordo com o palestrante e pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Pesca e Aquicultura, Roberto Valladão, em 2015, o produtor de pescado investiu de R$ 720 mil a R$ 2 milhões na carcinicultura, que atualmente é o setor aquícola brasileiro com maior nível de intensidade tecnológica, o que demanda elevados investimentos em equipamentos e viveiros, como o tanque escavado.

Nessa cadeia produtiva, destacam-se os resultados dos altos custos relativos a impostos e assessoria para elaboração de projetos (técnico e ambiental). “Isso se deve, além do porte do projeto, à complexidade envolvida no processo de licenciamento ambiental, uma vez que a maioria dos projetos de carcinicultura está localizada em áreas ambientalmente sensíveis, como restinga e mangue”, explicou Roberto Valladão. A coleta de dados foi feita no litoral nordestino, mais especificamente em Natal/RN, Acaraú/CE e Aracati/CE, onde a cultura do camarão tem se desenvolvido.

O projeto Campo Futuro, que ocorre desde 2007, é uma parceria entre a CNA, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Universidade Federal de Lavras (UFLA), Instituto Pecege e Universidade Federal de Viçosa (UFV). O projeto levantou os custos de produção das cadeias produtivas da cana-de-açúcar, café, fruticultura, cereais, fibras e oleaginosas, silvicultura, aves e suínos, pecuária de leite e de corte e aquicultura.

Assessoria de Comunicação CNA

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