quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Conheça o perfil dos principais candidatos a presidência que serão votados em Acaraú

Nesta quinta-feira, 04/10, o Blog O Acaraú apresenta o perfil dos três principais candidatos ao Palácio do Planalto, os mais comentados pelos acarauenses para a eleição de 07 de outubro.

CIRO GOMES

Ciro Ferreira Gomes nasceu em Pindamonhangaba, no dia 6 de novembro de 1957, é advogado e professor universitário brasileiro filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), do qual é vice-presidente. Ocupou altos cargos políticos no país: foi deputado estadual por duas legislaturas no Ceará, o 43.º prefeito de Fortaleza, o 52.º governador do Ceará, ministro da Fazenda do Governo Itamar Franco durante a implantação do Plano Real e ministro da Integração Nacional durante o projeto de transposição do rio São Francisco no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Seu último mandato político foi o de deputado federal entre 2007 e 2011. Radicado em Sobral, Ceará, cidade de sua família paterna, desde 1962, é formado em direito pela Universidade Federal do Ceará. Foi professor de direito tributário e direito constitucional, escrevendo três livros na área de economia política: No País dos Conflitos (1994); O Próximo Passo – Uma Alternativa Prática ao Neoliberalismo (1995); e Um Desafio Chamado Brasil (2002). Também atuou como pesquisador visitante na Harvard Law School.

No setor privado, foi presidente da Transnordestina S/A e um dos diretores da Companhia Siderúrgica Nacional. Dois de seus quatro irmãos seguiram carreira política: Cid Gomes foi governador do Ceará por dois mandatos e Ivo Gomes é atualmente prefeito de Sobral, onde seu pai também exerceu o mesmo cargo. Seu tio, Vicente Antenor Ferreira Gomes, foi prefeito do município de Itapipoca em 1992 e deputado estadual no estado do Ceará em 1982.

JAIR BOLSONARO

Jair Messias Bolsonaro, nasceu m Glicério no dia 21 de março de 1955. É um militar da reserva filiado ao Partido Social Liberal (PSL). É deputado federal desde 1991, atualmente em seu sétimo mandato, eleito pelo Partido Progressista (PP). Serviu no Exército Brasileiro de 1971 a 1988, passando para a reserva na patente de capitão. Nas eleições gerais de 2014, foi o candidato mais votado do Estado do Rio de Janeiro para a Câmara dos Deputados, com apoio de 6% do eleitorado fluminense (464 mil votos).

Em 2017, foi considerado pelo instituto FSB Pesquisa o parlamentar mais influente nas redes sociais. Em janeiro de 2018, anunciou sua filiação ao PSL, o nono partido político de sua carreira, desde que foi eleito vereador do Rio de Janeiro em 1989. Além dele, seu irmão Renato Bolsonaro e três filhos seus também são políticos: Carlos Bolsonaro (vereador do Rio de Janeiro pelo PSC), Flávio Bolsonaro (deputado estadual do Rio de Janeiro pelo PSL e comandante da legenda no estado) e Eduardo Bolsonaro (deputado federal de São Paulo também pelo PSL).

Uma figura controversa no Brasil, ele é conhecido por suas visões políticas populistas e de extrema-direita, o que inclui a simpatia pela ditadura militar no Brasil (1964–1985) e a defesa das práticas de tortura por aquele regime. Bolsonaro já condenou publicamente a homossexualidade e se opõe à aplicação de leis que garantam direitos LGBT, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a adoção de filhos por casais homossexuais, além da alteração no registro civil para transexuais.

O parlamentar defende a revogação do Estatuto do Desarmamento e defende que o proprietário rural tenha direito de adquirir fuzis para evitar invasões do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Além disto, também apresentou um projeto de lei que estabelece a castração química voluntária como condição para que uma pessoa condenada por estupro possa progredir o regime de pena.

FERNANDO HADDAD

Fernando Haddad nasceu em São Paulo no dia 25 de janeiro de 1963, é um acadêmico, advogado e político brasileiro, filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Foi ministro da Educação de 2005 a 2012, nos governos Lula e Dilma Rousseff, e prefeito da cidade de São Paulo de 2013 a 2016. É professor de ciência política da Universidade de São Paulo (USP), instituição pela qual se graduou bacharel em direito, mestre em economia e doutor em filosofia. Trabalhou como analista de investimento no Unibanco e, de 2001 até 2003, foi Subsecretário de Finanças e Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de São Paulo da administração de Marta Suplicy.

Integrou, ainda, o Ministério do Planejamento do Governo Lula durante a gestão de Guido Mantega (2003–2004), oportunidade na qual elaborou o projeto de lei que instituiu as Parcerias Público-Privadas (PPPs) no Brasil. Foi nomeado ministro da Educação em julho de 2005 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, permanecendo no cargo até janeiro de 2012, ano em que foi eleito prefeito do município de São Paulo, vencendo no segundo turno o candidato tucano, José Serra. É candidato a presidente pelo PT na eleição presidencial de 2018, após o Tribunal Superior Eleitoral indeferir a candidatura de Lula.

O Programa Universidade para Todos (ProUni) foi um projeto criado durante a gestão de Haddad no MEC, que concede bolsas de estudo em universidades privadas para estudantes de baixa renda. O embrião do projeto surgiu quando ele integrava a Secretaria de Finanças na gestão Marta Suplicy na Prefeitura de São Paulo. Na ocasião, já havia proposto uma lei municipal que permitia a transformação de débitos tributários de instituições privadas de ensino em bolsas de estudos. Em 2009, Haddad reformulou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A mudança ampliou as funções do exame e, em 2011, 59 universidades federais e privadas já utilizavam a nota do ENEM para substituir o vestibular, à semelhança dos sistemas utilizados em outros países, como o SAT norte-americano e o Baccalauréat francês.

Haddad concorreu à reeleição como prefeito de São Paulo. Ele foi derrotado no primeiro turno da eleição pelo candidato João Doria Júnior do PSDB no dia 2 de outubro de 2016. Haddad ficou na segunda colocação com 16,7 % dos votos válidos. Esta foi a primeira eleição desde 1992, quando foi feita a primeira eleição municipal em dois turnos, em que um candidato do PT não chegou ao segundo turno, também a primeira vez que um candidato elegeu-se no primeiro turno. O PT oficializou a candidatura de Lula em 5 de agosto de 2018, em São Paulo. O vice indicado na chapa presidencial foi Haddad, que representou Lula em eventos e debates.

Em 16 de agosto, depois que a maioria dos ministros do TSE declarou que a "inelegibilidade de Lula como candidato é incontroversa", a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou uma impugnação contra a candidatura tendo como base a Lei da Ficha Limpa, que considera inelegíveis candidatos condenados em segunda instância, apesar de o comitê de Direitos Humanos da ONU ter manifestado-se a favor da candidatura de Lula. Em 14 de setembro PT anunciou oficialmente que Haddad seria o novo candidato do partido nas eleições presidenciais de 2018, tendo como vice Manuela d'Ávila do PCdoB.

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