Alguns internos da Cadeia Pública de Acaraú estão fabricando, por meio de projeto de marcenaria, produtos de artesanato decorativo e móveis. Os presos fabricam uma série de itens, como abajures, porta-objetos, brinquedos, bancos etc. É fabricada uma gama de produtos à base de madeira, todos feitos na oficina instalada na própria Cadeia.
As famílias dos presos ajudam na venda dos produtos e, na propaganda de boca a boca já há algumas encomendas, vindo a ser uma boa pedida nesse período de festas de fim de ano, em que tradicionalmente se dá presentes. Com a venda dos produtos confeccionados pelos reeducandos, o dinheiro ajuda a manter seus familiares.
A ideia da implantação do projeto no presídio de Acaraú foi sugerida pelo reeducando Sebastião Carlos, 41, que é marceneiro e que ensinou a técnica aos outros colegas da unidade prisional. A partir dai, muitos aprenderam uma nova função e seguem dedicados ao projeto.
Conforme Sebastião, o projeto tem ocupado os presos, tirando o ócio típico das unidades prisionais. "Tem preso aqui que passa até oito horas direto trabalhando na confecção das peças, dedicado no projeto", frisou.
Além disso, conforme o reeducando Francisco Egineudo, 38, quando os presos saírem dali terão a oportunidade de continuar o trabalho de artesanato, uma vez que já terão aperfeiçoado a técnica. "Nós passamos por muito preconceito da sociedade por termos caído aqui e com essa técnica que aqui a gente adquire a gente tem uma nova oportunidade", destacou.
O projeto conta com total apoio do Administrador da Cadeia, Dr. Josuéliton Torres Praciano, que vê uma importância sem igual ao projeto, uma vez que além de dar uma ocupação aos presos, "estes têm a oportunidade de ajudar suas famílias e amanhã quando estiverem livres poderem continuar nesse trabalho, trilhando o caminho do bem", defendeu.
Ainda há uma carência grande de material, como madeira, papelão, prego etc. para o trabalho do projeto da marcenaria, vindo a maior parte da doação do material pela própria família dos presos que ajudam como podem. "Alguns familiares se esforçam e com toda dificuldade compram uma folha de compensado, algo que ajude, e trazem", disse Dr. Josueliton.
Mas quem puder ajudar, o administrador da unidade elencou que a pessoa pode fazer uma visita ao presidio para conhecer o trabalho, encomendar peças ou mesmo ajudar como puder. "Esta é uma ótima oportunidade de dar uma nova oportunidade a quem quer trilhar um novo caminho", opinou Dr. Josuéliton. Quem quiser ajudar pode ligar para o fone (88)99658.1706.
Reportagem: Edson Costa
Fotos: Juvemar de Paulo
Blog O Acaraú com informações do Blog CN Online
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