Há em curso uma silenciosa revolução no Perímetro Irrigado do Baixo Acaraú, no Norte do Ceará.É resultado de uma atitude moderna da Diretoria de Produção do Dnocs, que, finalmente, criou mecanismos legais para a transferência entre proprietários. Lá, neste momento, 478 hectares estão cultivados de laranja, limão e tangerina. Essa área será ampliada para 1.030 hectares.
Tem mais: uma dupla de produtores cearenses associou-se e investiu em um projeto de produção de abacaxi Pérola. “Eles estão ganhando dinheiro”, informa Rogério Paganelli Junqueira, gerente executivo do Baixo Acaraú.
Mais: produtores do Mato Grosso, que recentemente chegaram lá, já plantaram o equivalente a 100 hectares de côco, usando como ferramenta principal a tecnologia e a inovação.
“Pode anotar aí: o Baixo Acaraú poderá ser todo ocupado por produtores rurais de outros estados, principalmente de Mato Grosso, se os cearenses não chegarem logo. Os matogrossenses e paulistas, que também estão lá, trouxeram novas tecnologias e modernas práticas agrícolas”, testemunha o presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Zuza de Oliveira, um especialista no agronegócio.
O mais interessante vem agora: essa revolução acontece sem que o Dnocs – como manda a Lei 6662, de 1973 – preste assistência técnica aos pequenos produtores, que pagam por ela com o seu próprio dinheiro.
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