O que deveria ser uma alternativa para viver melhor e com tranquilidade para dezenas de famílias que moram no residencial Rio das Garças em Acaraú, tornou-se um pesadelo sem fim, algumas famílias já abandonaram seus imóveis e há blocos inteiros desocupados, além da prestação media no valor de R$ 80 reais por mês, os moradores pagam alto pelo consumo de água, algumas contas ultrapassam o valor de R$ 500 reais.
Além do elevado valor cobrado pela Cagece outra dor de cabeça para os moradores são as contas energia que seguem o mesmo ritmo, “como vamos continuar vivendo num lugar desse, onde a maioria não tem o que comer todo dia e vai ter pagar esse absurdo por uma conta de água”, disse uma das moradoras, revolta com os valores das contas.
Segundo a dona de casa Francisca Meiriane de Oliveira as contas nunca vieram baixas e afirma que os moradores estão deixando de morar no local, “esse local foi feito para pobres, mas com essas contas é para gente rica, aqui ninguém tem condições de pagar essas contas”, disse a moradora.
Com o consumo superior a 10m³ de água, a maioria das famílias perdem direito ao beneficio, é o caso de Maria Adriana Ferreira dos Santos que recebeu a conta de energia no valor de R$ 324,00 sendo que somente de juros moratórios, são cobrados R$ 137,00. Já a conta da Cagece veio no valor de R$ 557,00 sendo um parcelamento no valor de R$ 317,00 em dez parcelas. O consumo médio na residência é de 27m³ de água para três pessoas. Segundo a dona de casa já quebraram o piso da casa e nada foi descoberto.
Moradores já buscaram ajuda na Promotoria Pública, nas companhias de água e energia e nenhuma solução foi apresentada. Uma dona de casa que não quis se identificar está com a energia de casa cortada há mais de seis meses e atualmente está sem o gás de cozinha para fazer a alimentação da família, uma vizinha ajuda como pode.
Outra questão que chama a atenção é o número de apartamentos vazios, pelo menos dois blocos 11 e 12 estão com os 16 apartamentos vazios, segundo os moradores eles nunca foram ocupados, além disso pelo menos em cada bloco há um apartamento vazio, a residência foi deixada para trás em virtude do alto custo de manutenção.
A Cagece só se pronuncia via assessoria de imprensa, nossa reportagem enviou e-mail para a companhia, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.
Blog O Acaraú com informações do
jornalista Manoelzinho Canafístula
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