O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se declarou "suspeito" para investigar o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) dentro da Operação Lava Jato. Num ofício enviado em setembro ao Supremo Tribunal Federal (STF), Janot, chefe do Ministério Público, alegou "motivo de foro íntimo" para não atuar num procedimento aberto na Corte para apurar uma doação suspeita de R$ 5 milhões feita para a campanha do peemedebista em 2014.
Dentro de um processo, um procurador ou juiz pode se recusar a atuar num caso quando admite que pode atuar sem imparcialidade. Nesses casos, ele pode se declarar suspeito quando for, por exemplo, amigo, inimigo credor, devedor ou se tiver algum interesse específico no caso.
Eunício Oliveira foi citado na delação premiada de Nelson José de Mello, ex-diretor de Relações Institucionais do grupo Hypermarcas, como destinatário de uma doação de R$ 5 milhões para sua campanha ao governo do Ceará em 2014.
A suspeita sobre Eunício de Oliveira veio à tona em julho. Na época, o advogado do senador, Antônio Carlos de Almeida Castro, negou qualquer irregularidade nas doações recebidas pelo senador. O peemedebista é um dos principais cotados para suceder Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado no ano que vem.
G1
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